quarta-feira, 25 de março de 2009

SALA DE LEITURA

Produzir bons leitores é um desafio para a escola em todas as partes do mundo.
Considerando que o gosto para leitura se constrói através de um longo processo onde sujeitos desejam encontrar nela uma possibilidade de interlocução com o mundo e esse gosto pela leitura é despertado pelo próprio entusiasmo do adulto que incentiva a criança a aproximar-se dos livros. Ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor. É ainda suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida, é encontrar outras ideias para solucionar questões.
Ouvir e ler histórias é viver, viver emoções diferentes como alegria , tristeza, medo, insegurança, tranquilidade. É ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário.
QUE TAL VIVER !!!
Adriana Marelli







TEXTOS TRABALHADOS NA SALA DE LEITURA

A fruta misteriosa
"Mussá,
mussém,
mussenguengá,
solte a fruta
agora, já!
Plic...plac...plim.
quero uma pra mim !!!"
(Conto popular)


O Trenzinho
Composição: Toquinho
Corro o tempo inteiro ...


O jacarezinho egoísta
Cholis Arruda de Araújo

Era ma vez... uma lagoa muito bonita. Com bastante água límpida. Ali morava um jacarezinho valente e muito orgulhoso. Vivia muito feliz, nadava naquelas águas claras passando horas refrescando-se. Só que ele era muito egoísta Quando estava na lagoa, ninguém mais lá podia ir, pois o valentão tomava conta de tudo. E assim foi até certo dia, quando não havia água lá na casa de dona Pata. Dona Pata estava triste, pois os três patinhos mais bonitos da cidade não podiam tomar banho e o pior é que eles tinham que ir a festa dos pintinhos amarelos.A mamãe, mandou os patinhos à lagoa para se banharem.Lá se foram eles com seus passos miúdos cantando contentes. Mas, oh! tristeza!.. lá na lagoa estava o jacarezinho todo valente gritando:
_Que vieram fazer aqui seus malandros?
_Viemos tomar banho, responderam delicadamente os patinhos.
_E nesta bonita lagoa é que vocês querem tomar banho? Aqui não é lugar para banhos, seus atrevidos! Disse irritado o jacarezinho. Continuem sujos. Para que Patos querem ficar limpos?
_Mas nós vamos à festa dos Pintinhos, e sujos não podemos dançar e nem brincar, insistiram os Patinhos. Não e não, esta lagoa é minha e ninguém pode aqui entrar.
Os Patinhos assustados, correram logo para casa. Dona Pata, diante disso, ficou indignada, enchendo-se de coragem foi ver se com boas maneiras, conseguiria convencer o jacarezinho a deixar os seus filhinhos, tomarem banho na lagoa. Por favor senhor jacaré, meus filhos precisam tomar banho.
_Eles que tomem banho em casa. Ora essa. Por acaso, aqui é banheiro? Retrucou ele com maus modos.
_Meu amigo, escute por favor: Lá em casa não há água. E os Patinhos precisam ficar bem limpos hoje. Porque? Para que Pato precisa ficar limpo? Rosnou o valentão. Dona Pata já estava perdendo a paciência, mas continuou bem educada e disse: Os Patinhos trarão doces para o senhor. Qual é o doce que prefere? Continuou dona Pata ainda com paciência.
-Eu não gosto de doce nenhum! Eu não quero nada. Só quero sossego. Não preciso de doces de ninguém. Está ouvindo? Já disse e repito, esta lagoa é só minha e quero que todo mundo saiba disso, ouviu dona Pata? Dona Pata perdeu então a paciência e até se esqueceu de que era bem educada e boazinha. Muito zangada, disse ao jacarezinho egoista: Deixe estar, esta lagoa um dia vai secar, escute bem, esta lagoa um dia vai secar... E foi-se embora muito triste por precisar falar estas coisas tão ruins ao Jacarezinho. Este se acomodou na lagoa e lá ficou para tirar uma soneca. O sol estava quente
O calor dava moleza, mas a água estava gostosa.
Acontece porém, que lá no alto, lá no céu, mais alto do que voam os passarinhos e passam os aviões barulhentos, está o Papai do Céu. Ele viu e ouviu tudo. Ficou com muita pena dos Patinhos e muito triste com o jacarezinho. Onde já se viu? A lagoa é de todo mundo. O jacarezinho, precisava saber disso. Não é bonito ser assim egoísta. Ele devia ser bom e gostar de todo mundo. Então o Pai do Céu, conversou com o Sol, que já vinha de muito tempo, aborrecido com o danado jacaré. Este aqueceu tanto a água da lagoa que ela se foi evaporando, evaporando.... e a lagoa, ficou sem uma gota de água, seca, seca...
Quando o jacarezinho viu, estava todo cheio de barro. Será que estou sonhando? Disse desapontado. Ah! já sei. Dona Pata, disse que a lagoa iria secar.
E secou mesmo. Que infelicidade, meu Deus! Também fui muito egoísta. Perdão, perdão, Papai do Céu, dizia tão aflito que fazia dó. Ele chorou tanto e ficou tão arrependido que o Papai do Céu ficou com pena dele.
Agora eu sei o quanto é ruim a gente ficar sujo e não ter água para o banho. Perdão, perdão Papai do Céu.Logo depois começou a chover forte e bastante. Choveu tanto que a lagoa ficou novamente cheia de água límpida e gostosa. O jacarezinho todo feliz porque afinal o Papai do Céu o havia perdoado, foi correndo buscar os Patinhos para nadarem. E ainda deu tempo para tomarem bons banhos. E os três Patinhos, muito bonzinhos, trouxeram uma porção de doces gostosos para o jacarezinho que não era mais egoísta.E nunca mais a lagoa secou, e o jacarezinho continuou sempre bom.


Aquarela
Toquinho
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio



NUMA FOLHA QUALQUER...

VIVENCIANDO A POESIA

O Vivenciando é um projeto específico da sala de leitura e durante estes anos ele nos rendeu bons frutos. Aqui tem uma mostra, do trabalho produzido pelas crianças, através de pesquisas no laboratório de informática com a primeira parte do Vivenciando : a biografia dos autores trabalhados pelos professores em sala de aula. A culminância se dá através de uma visitação, em forma de rodízio, pelas turmas(uns visitam os outros) para conhecer o autor pesquisado pela outra turma. Na segunda parte, do projeto os alunos produzem seus poemas. Então juntamos as produções dos ganhadores do concurso de poesias, e fizemos um filme.




SALA DE LEITURA E O TRABALHADOR BRASILEIRO




MÚSICA TRABALHADA NA SALA DE LEITURA, TRABALHADOR BRASILEIRO-SEU JORGE

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, DE ANA MARIA MACHADO, FOI O
TEXTO TRABALHADO PELAS PROFESSORAS NILCE E ADRIANA, NA SALA DE LEITURA. LEVANDO A CRIANÇA PENSAR SOBRE A MISTURA DE RAÇAS QUE NOSSO PAÍS POSSUI E LOGICAMENTE O PRECONCEITO VELADO QUE MUITOS AINDA TEM. A MÚSICA ESCOLHIDA FOI A DE GABRIEL, O PENSADOR, LAVAGEM CEREBRAL



ESTA SEMANA, PERÍODO ENTRE 25/05 E 29/05, A SALA DE LEITURA TRABALHOU CONJUNTAMENTE COM O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA SOBRE O DIA 13/05 E A LEI AUREA.FOI MOSTRADO EM PESQUISA PELA INTERNET "A CASA DA FLOR" EM SÃO PEDRO DA ALDEIA, CONSTRUÍDA POR GABRIEL JOAQUIM DOS SANTOS, UM NEGRO, FILHO DE ESCRAVOS QUE ATÉ MAIS OU MENOS 5 ANOS NÃO FALAVA. SUA HISTÓRIA, EM FORMA DE CONTO, FOI EXTRAÍDA DO LIVRO DE JOEL RUFINO DOS SANTOS, CHAMADO : "GOSTO DE ÁFRICA: histórias de lá e daqui."



"Não importa o conto, o mito,a lenda, o reconto.Importam aqueles que viveram o conto, o mito e, mais ainda, aquele que registrou a história. História da conseqüência e da inconseqüência do berço da humanidade: a África.Joel Rufino dos Santos nos presenteia com sete histórias em que sublinha preconceitos de forma invertida, com inclusão, olhando com o olho de criança, natural e espontâneo. Uma narrativa rica de informações e sutilezas. Questiona e fala de temas como religião e Deus, em forma plural, pela voz dos personagens. Foge das definições, com o seu ponto de interrogação, dá à criança o seu momento de reflexão". "Mitos ou realidade? Lendas ou detalhes relevantes das tradições negras? Além e acima das denominações, o autor conta, em cada página, facetas que nos permitem compreender melhor nossa cultura. Cultura tão diversificada, multifacetada mas, ao mesmo tempo, complementar em suas diferenças. Além de interessantes passagens da História, cada um dos 'sabores' contidos neste 'Gosto de África' deve ser degustado e apreciado como prato típico de uma época que deixou marcas, que uniu negros e brancos em um tempo de escravidão e liberdade, submissão e força, humilhação. Mas, acima de tudo, como o desejo de viver sua própria história e de tentar descobrir quem é, realmente, o povo brasileiro."


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